sexta-feira, setembro 16, 2005

O sistema é nosso pastor.

Mantendo a tradição da flul, as matrículas este ano foram a desordem a que já me acostumei. Este ano levei apenas cinco horas para tratar da matrícula, e como sempre houve problemas com as cadeiras que quis escolher. Na sala das matrículas alguém escrevera no quadro, "O sistema é nosso pastor. Tudo nos faltará". Interessante.

Já alguém apanhou o autocarro 314 no Campo Grande? É uma experiência perturbadora, especialmente quando se torna rotina ao longo de um longo mês. Mas Outubro aproxima-se e vou mudar para nova caverna. Resta saber que aventuras me esperam desta vez...

Amanhã deveria ir a um baptizado no Porto. Mas não vou. Detesto baptizados. Detesto ouvir sermão de padre, detesto ter de almoçar às 4 da tarde, e detesto ter de estar a dar beijinhos a um milhão de parentes que nunca vi antes. E detesto o Porto. Por isso fico em casa, que é melhor.
Falando nisso, os baptizados não deveriam ser inconstitucionais? Num casamento os noivos têm de consentir que se querem casar antes que o padre possa dizer "e agora declaro-vos marido e mulher (até se divorciarem dentro de 4 meses)". Então e os putos que ainda mal nasceram, não deveriam também ter o direito da palavra antes de serem baptizados? E se eles não quiserem sê-lo, como fazem para recusar se ainda nem sabem falar? Terão os coitados de ser obrigados a estar vinculados à igreja católica para o resto da vida?

Abençoado sejas.

3 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Realmente um grande problema. Penso mesmo que as crianças vivem num mundo de ditadura. Muito raramente as deixam tomar decisões. Quando lhes é dada alternativas, se escolhem a que os ditadores (normalmente os adultos) não desejam, não lhes são feita a vontade.
A quantas crianças foi dado, ou não, a oportunidade de ir, ou não, à escola? E as que disseram que não queriam ir para a escola a vontade foi-lhes feita?
E ir ao médico ou ao dentista?....
E a nacionalidade ou o próprio nome?..... para falar nos próprios pais.... Antes de virem ao mundo deveriam ser primeiro sondadas se queriam ter o casal tal como pais (aqui já devo estar a ir longe demais). E quando os pais decidem dar mais um irmão... lá diz o ditado: cavalo dado não se olha a dente. Logo não há nada a decidir.
Concluindo: A realidade é que as crianças vivem em autentica ditadura. A vontade deles não é respeitada e a liberdade está sujeita aos ditadores que as tutelam. É normal que, crescendo assim em ditadura, absorvam essa cultura e, chegados a adultos assim conquistado o poder, transformem-se em autênticos ditadores; qual bola de neva!

setembro 18, 2005 3:21 da tarde  
Blogger brain-mixer said...

Concordo plenamente! A igreja católica chula e espenhiza o cidadão rasca!!

setembro 19, 2005 12:12 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

apesar de ser católica kuase praticante, acho k tens toda a razao!

outubro 02, 2005 7:59 da tarde  

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