Chiasco.
"Chiasco" é uma das minhas palavras transmontanas favoritas, especialmente porque é preciso viver-se algum tempo em Trás-os-Montes para saber exactamente ao que se refere. Palavras como "briol", "grizo", "frio de rachar", podem ser usados como sinónimos, mas não servem tão bem como "chiasco" para descrever o estado em que se encontrava hoje a cidade de Mirandela, onde vim passar o Natal.
O frio até nem era muito intenso. Há dois dias o termómetro do carro marcava 5 graus negativos às 10 da noite... Hoje até estava quentinho, apenas 1 mísero grau negativo na rua. O rio, que estivera congelado nos últimos dias, descongelou parcialmente. Choveu. E quando parou de chover, chegou o chiasco do fim da tarde...
O chiasco é quando a temperatura cai abruptamente e um frio omnipresente tudo parece envolver... o ar da rua fica gelado, ou parece gelo ele próprio... o céu e o rio partilham a mesma cor acinzentada, tétrica... uma neblina desliza fantasmagoricamente pelas águas paradas e vitrificadas...
No chiasco, deixo de sentir os lábios e o nariz. Ficam anestesiados, completamente apoderados pelo frio. Os meus dedos suplicam por umas luvas ou algibeiras, a minha garganta por um chocolate quente.
Estranhamente, sinto mais frio em Lisboa do que em Mirandela, apesar de na capital as temperaturas serem substancialmente mais elevadas que aqui. Em Mirandela, desafio o chiasco e saio para caminhar por entre o frio cortante. Foi o que fiz esta tarde. Tirei algumas fotos, se bem que dificilmente as fotos possam transmitir como é uma tarde de chiasco...
O frio até nem era muito intenso. Há dois dias o termómetro do carro marcava 5 graus negativos às 10 da noite... Hoje até estava quentinho, apenas 1 mísero grau negativo na rua. O rio, que estivera congelado nos últimos dias, descongelou parcialmente. Choveu. E quando parou de chover, chegou o chiasco do fim da tarde...
O chiasco é quando a temperatura cai abruptamente e um frio omnipresente tudo parece envolver... o ar da rua fica gelado, ou parece gelo ele próprio... o céu e o rio partilham a mesma cor acinzentada, tétrica... uma neblina desliza fantasmagoricamente pelas águas paradas e vitrificadas...
No chiasco, deixo de sentir os lábios e o nariz. Ficam anestesiados, completamente apoderados pelo frio. Os meus dedos suplicam por umas luvas ou algibeiras, a minha garganta por um chocolate quente.
Estranhamente, sinto mais frio em Lisboa do que em Mirandela, apesar de na capital as temperaturas serem substancialmente mais elevadas que aqui. Em Mirandela, desafio o chiasco e saio para caminhar por entre o frio cortante. Foi o que fiz esta tarde. Tirei algumas fotos, se bem que dificilmente as fotos possam transmitir como é uma tarde de chiasco...
2 Comments:
Adorei as fotos! Ainda que não sendo de Trás-os-Montes (sou tripeira), acho que consegui sentir, pelo menos um bocadinho do "chiasco" e, se for como eu penso...sabe mesmo bem!
grand post!
Essa noticia da mudança do nome do estádio também me apanhou de surpresa, mas também não me importa muito, se o estádio fosse do Bayern de Munique ou da Juventus o impacto era maior, agora o Sturm Graz...faz lembrar estrume + grass, logo não deve ser boa coisa..ahaha
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